A Busca de Lary
Minha trajetória em busca de meus sonhos, ideais e da grande felicidade. (Blog utilizado como diário)
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Novidade
Ando um pouco desanimada, sem tempo e com preguiça de postar aqui, e como acho que aqui está beeem parado, em comparação com a época que aderi ao blog, decidi criar um face fake para interagir mais com gente que nem eu hahahaha
Quem quiser, me adiciona lá é Lary Cerejinha
Beeijos e Força sempre
terça-feira, 15 de setembro de 2015
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Sem mimimi, please
ok, sem mimimi... Passei muito tempo sem bloggar? ok, passei, mas PASSOU! hahaha
Só eu sei o quanto eu me realizei, ri, sonhei, planejei e o quanto eu me decepcionei, chorei e me fechei nesse tempo todo.
Poderia chegar aqui e não contar nada, mas esse tempo foi importante para minha vida e preciso colocar tudo aqui, é uma parte da minha vida que só não marcou mas que também machucou e com certeza vai ficar cicatriz. Quem já passou pelo o que eu vou contar agora, vai super entender, quem não passou eu espero sinceramente que nunca passe.
Eu tenho a síndrome de não confiar em mim mesma, de achar que sempre há pessoas melhores e mais preparadas (para qualquer bosta) do que eu. Por isso, eu sempre mantive dentro de mim o meu desejo de estudar no exterior. Nunca achei que eu teria capacidade para ser selecionada, enfim...
Este ano, a CAPES lançou o primeiro edital do programa BRAFITEC que incluia uma bolsa de estudos na França para o meu curso de graduação. O que eu pensei na hora? Com certeza terão alunos melhores que eu, vai ser só mais uma decepção pra mim, deixa isso quieto...
Meu namorado insistiu muito e eu acabei me inscrevendo na última hora. Resumindo a história, eu fui selecionada, passei em todos os requisitos da CAPES, ou seja, estava apta a ir.
Na mesma semana que fomos escolhidos (eu e mais 5 alunos da minha universidade mas de outros cursos), fomos submetidos a um teste de proficiência em francês, apenas para comprovação, pois na França receberíamos 2 meses de curso, o que sempre foi suficiente para os alunos que já participaram desse intercâmbio aprender e acompanhar as aulas do semestre. Claro que fomos nivelados como nível iniciante. A prova custou R$ 215 e tivemos que nos deslocar até a capital para fazer.
Desde então, estudei francês 5 horas por semana durante 2 meses, pagando 20 reais a hora. Dinheiro que eu não tinha, que estava investindo em mim e no que isso poderia me proporcionar no futuro. Economizei muito, me dediquei muito, meu mundo girou em torno disso. Eu já não dormia, pois devido ao fuso horário eu sempre recebia e-mail da escola da França 4 ou 5h da manhã e estava pronta para receber ou providenciar o que eles pedissem. E eles pediram muita coisa. Desde o início a escola que eu estudaria (as escolas na Franças são divididas por cursos de graduação) exigiu muita coisa, pediu muitas cartas, muitos documentos, muitos dossiês e eu enviei absolutamente tudo que me pediram. Era a prioridade da minha vida.
Até que a escola da França decidiu que "meu nível de francês era insuficiente e que eu não teria condições de alcançar o nível da escola em 2 meses". Sim. Uma instituição educacional tirou o direito de um aluno de aprender. O curso de francês é pago pelo governo brasileiro, é normal estudantes brasileiros voltarem após os 2 meses de curso por não conseguirem atingir um nível suficiente mas é a primeira vez que uma escola tira o direito de um aluno tentar. Não me deram a chance de tentar. Eu já trocava e-mails em francês com a escola sem usar tradutor, já formava e falava algumas frases, já tinha aprendido muita coisa. Meu conhecimento já não era mais o mesmo. Meu conhecimento já nem podia mais ser comparado. Eu já não posso mais ser avaliada por uma prova que eu fiz há 3 meses atrás antes de começar todo esse estudo. Tudo isso foi explicado, foi debatido e não teve solução.
Todos os outros estudantes da minha universidade estão indo para esse intercâmbio com o mesmo nivel de francês que eu tenho. É algo muito injusto, que já me revoltou muito mas que hoje só me faz chorar ao reabrir a ferida.
Meu coordenador não conseguiu reverter o caso. Depois disso restou a dor, o fracasso e o vazio de um sonho roubado.
Guardo com carinho as palavras do meu coordenador: " Sabes que a falha não foi tua " e "Tu passou pelo que eu considero mais difícil, que é uma seleção interna". Mas elas não tiram o peso que tenho sobre as costas, não tiram o peso de ter fracassado, de ter plantado esperança no coração da minha família e dos meus amigos, de ter acreditado e me dedicado tanto pra algo que não existiu. Não há palavras que possam tirar a culpa de mim, ela tá dentro de mim e eu vou carregar isso sempre.
Não sei se algum dia vou conseguir participar novamente de alguma seleção assim, mas o sonho de uma vida no exterior continua, a dor e a batalha também.
terça-feira, 31 de março de 2015
Laços de amor
Como assim se ele deve mesmo morar aqui? Não é este o seu lar? O seu lugar? Onde mais uma criança há de viver se não ao lado da família que ele escolheu e que lhe escolheu e acolheu?
Agora, enquanto meu coração acelerado dói e minha cabeça não consegue pensar em outra coisa, minha mãe está lá, diante do homem que pode mudar nossas vidas, que pode tirar de nós o nosso maior tesouro, nossa maior alegria, tentando manter-se calma, nos demonstrando fé e confiança em Deus e na justiça, coisas de mãe né? Proteção sempre.
Agora, enquanto eu minha dor transborda incessavelmente pelos meus olhos, meu pai tenta entender o que faz lá, entender qual é o problema de gerar um filho no coração ao invés de num ventre. O amor, a educação, o caráter, são menores por causa desse detalhe? Olha para tudo com atenção, tentando não pensar no que pode acontecer, tentando não pensar no que pode perder.
Agora, enquanto eu tento inutilmente me acalmar e acreditar, minha irmã está ao lado de fora da grande sala importante, tentando não chorar ao ouvir as perguntas inocentes de um menino de 9 anos que só quer voltar para sua casa, para jogar videogame e assistir TV.
Agora, enquanto o meu mundo é um ponto de interrogação gigante, sem saber o dia de amanhã nem as próximas horas, sem saber o que Deus guarda para a minha família e principalmente para esse menino, para esse rei dos nossos corações, que chegou com 3 anos de idade, humildemente, nos entregando a próprio vida.
Agora, meu coração se tranquilizou ao pensar no seu rostinho, na sua fé, na sua certeza de que a noite estará aqui para brindarmos, com o espumante sem álcool que ele colocou para gelar, e comemorarmos a nossa família. Meu coração se tranquilizou ao lembrar de todas as "Hora da Leitura" que tivemos antes de dormir, de todas as refeições que dividimos a mesa, de todas as comemorações por cada fase de videogame vencida, cada lição da escola e da vida aprendida.
Agora, enquanto eu, nesta sala vazia e fria, que testemunhou tantos momentos felizes de uma família de amor, tento preencher o meu tempo e este espaço com luz e orações, sinto a presença da "fé", da "esperança", da "sabedoria divina" e creio, ou tento crer, que vai dar certo. Que o certo é amar, independente do sangue que corre nas veias da pessoa. Que o certo é cuidar, educar, acolher. E isso tudo, sempre, deveria valer mais, sem precisar ser levado a provas, basta ser sentido, nos olhos de qualquer criança.
sexta-feira, 27 de março de 2015
Hora de voltar para a realidade
Voltei às aulas na facul dia 12 de Março. Desde então estou numa fase de tentar bolar uma organização ou rotina que funcione e ao mesmo tempo sem tempo nem para tentar encontrar uma rotina que funcione hahahaha Mas, sério, não dá mais! Já estou com provas para abril e nem abri os livros ainda. De hoje não passa! Vou organizar meus horários de aulas, de trabalho, de estudos e o melhor de tudo: horários de alimentação e o que comer! :) :) :)
Eu sou apaixonada por ter uma rotina e isso me ajuda muito na hora de não comer bobagens (o contrário do que está acontecendo agora, a princípio), claro que não sou de não fazer nada que não escrevi na agenda, por exemplo, mas é como se fosse algo para te trazer de volta a linha, quando tudo parecer perdido, sei lá. Também queria achar um tempo para exercícios físicos, nem que seja só uma vez por semana, já que este ano estou decidida a me dedicar mais ao Francês e ao Inglês.
Fazia muito tempo que eu não postava por aqui, então boa parte da minha vida pode ter mudado nesse tempo (sem eu nem reparar) mas aos poucos vocês se habituam novamente. Claro que tem coisas que nunca mudam (lê-se: luta diária com gorduras) e que só mudam de endereço hahaha Ainda vou fazer um post falando só sobre minha vida "sanfonada" e dos meus altos e baixos para atualizar o blog sobre essa parte da minha vida que foi o motivo de eu ter criado este espaço para mim na internet.
Na verdade, durante as férias inteiras eu quis voltar para cá, mas algo me fazia pensar em que chatice seria escrever tuuudo de novo e pensei muito em começar a contar em vídeos os meus dias, acho que seria legal e mais motivador para mim, não sei, é só uma ideia que tem me perseguido nos últimos tempos. hahaha
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível…
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém… e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena!!”
(Mário Quintana)
terça-feira, 24 de março de 2015
A vida virou, se ajeitou
A viagem!
A última coisa que havia comentado aqui. Até o momento foi a maior viagem da minha vida. E eu ainda estou incrivelmente feliz por essa conquista.
Sabe quando você não espera por algo e além disso te surpreender ainda te preenche de satisfação? então, eu nunca havia sentido isso. Vou contar como tudo começou hahaha
Nunca quis ir pro Rio de Janeiro, nunca me imaginei lá, nunca desejei estar lá, até que depois de estar com uma viagem planejada para SC, meu namo disse: "- E porque não vamos pro RJ ao invés de SC, os valores são praticamente os mesmos e ainda viajamos de avião."
No início não levei a sério, mas aos poucos fui me encantando pela ideia e quando percebi já não via a hora de chegar o dia em que além de voar pela primeira vez, eu também estaria no Rio de Janeiro! Foram 3 meses de espera e planejamento, de pesquisas, de estudos e finalmente, eu fui conhecer o RJ.
Fiquei 5 dias na cidade maravilhosa e, sinceramente, não queria voltar, me encontrei naquela cidade, naquelas praias, naquelas paisagens, naquela natureza urbana que conquistou meu coração.
A viagem foi fantástica, do início ao fim, fiz tudo que eu queria, fui a todos os lugares que eu havia planejado.
Talvez tu leia isso e pense: "aff, que exagero, que guria idiota". Talvez eu pensasse isso também se eu tivesse tido mais oportunidades na vida.
Toda vez que um ônibus passava por mim (e foram muitas as vezes) eu olhava para ele, bem onde dizia: Prefeitura do Rio de Janeiro, meus olhos enchiam de lágrima, e eu só conseguia pensar: "Bah, eu tô no Rio de Janeiro!". Foi algo mágico demais para mim.
Mas eu me orgulho de tudo que precisei fazer para viajar assim, por puro prazer, por puro turismo mesmo. Eu economizei meu dinheiro, me privei de muita coisa para poder me dar a esse luxo, e não me arrependo de nada, pelo contrário, já estou juntando dinheiro para a próxima, ou melhor para as próximas. hahaha
Essa viagem só me mostrou que viajar é o que me faz feliz, é o que me realiza, o que me completa. EU preciso disso, eu preciso dessas culturas diferentes, preciso conhecer lugares e pessoas diferentes, preciso ouvir outros sotaques e outros nomes engraçados para tudo que tenho no meu dia a dia hahaha
Valeu a pena, foi de coração.